quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Um dia de Josés

11:35 - Saí da prova pensando em José...

"E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,........................(...)......................Se você gritasse,
o povo sumiu,..................................................se você gemesse,
a noite esfriou,.................................................se você tocasse
e agora, José?..................................................a valsa vienense,
e agora, você?................................................se você dormisse,
você que é sem nome,......................................se você cansasse,
que zomba dos outros,.....................................se você morresse...
você que faz versos,........................................Mas você não morre,
que ama, protesta?.........................................você é duro, José!"
e agora, José?

13:50 - Ligam-me os meus dois Josés, o irmão e o avô. Saudades...

17:30 - Na ABL, está o outro José, aquele ser sisudo, a falar do destrato com que se trata a Língua Portuguesa. "Só se pode transformar aquilo que se conhece profundamente." Recorda o Machado (o dono da casa). E diz que precisa inventar o inventar. Não tem de inventar nada novo. É preciso inventar o "inventar." E para isso "basta deslocar um pouquinho a iluminação do objeto e lá estará o objeto, novo." A conversa termina no Elefante, aquele que viaja. Ainda não conheço o elefante. Terei grande prazer em conhecê-lo, no meu exemplar autografado. Abro o livro e vejo a dedicatória mais bela que já vi em toda vida: "A Pilar, que não me deixou morrer." E viva o José.



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