Ai, ai... Domingo agitado. Prova louca de manhã, encontro inesperado à tarde, Vicky Cristina Barcelona à noite. Gato miando, casa bagunçada, pilhas de livros para ler (um prazer) e uma prova (definidora) em dez dias exatos. Esse antibótico me deixa nauseabundo. Psiquiatria eu te amo. Casa comigo e viveremos felizes para sempre.
Traições. Ando pensando em traições com uma certa freqüência. Como reagir quando alguém te quer mas é comprometido? É melhor ser Vicky? Ou Cristina? María Elena? Certamente o melhor é se mudar para Barcelona. Vicky Cristina Barcelona é novo filme de Woody Allen. Como sempre, o mote são relacionamentos e convenções sociais. Filmaço, amei. Ri. Mas saí com certas dúvidas do cinema. Vicky ama o pintor, mas não tem coragem de largar o marido chato (prá caralho) prá viver a loucura com o pintor. Cristina ama (ou amou em algum momento) o pintor, larga tudo para viver com ele. E María Elena ama o pintor. Que ama María Elena. Mas María Elena e o pintor não dão certo. Falta alguma coisa. Falta Cristina. Não, não é Almodovar. É Woody Allen - em grande forma. O desenlace do polígono amoroso vá descobrir no cinema. O que me interessa são dois pontos. Primeiro: dá prá atingir um equilíbrio entre convenções e interesses? Segundo: Cristina não sabe o que quer, mas sabe bem o que não quer. Descartar o que não quer é o que move sua vida. Insatisfação crônica? É possível saber o que se quer?
Pensei sobre o assunto no metrô, voltando prá casa (perdi a estação...). Cheguei à conclusão que tenho sido mais Cristina que Vicky. Ando descartando o que não quero, mesmo sem saber o que quero. Não sei se isso é saudável. Não sei se isso é socialmente aceitável. Ok, não sei porra nenhuma. Fazer o quê? Convenções são muito chatas. Acho que eu não nasci prá ser linha reta.
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