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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ouvindo...



Canto de Xangô
(Vinícius de Moraes & Baden Powell)
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Eu vim de bem longe, eu vim, nem sei mais de onde é que eu vim
Sou filho de rei muito lutei pra ser o que eu sou
Eu sou negro de cor mas tudo é só amor em mim
Tudo é só amor, para mim
Xangô Agodô
Hoje é tempo de amor
Hoje é tempo de dor, em mim
Xangô Agodô
Salve , Xangô, meu Rei Senhor
Salve meu Orixá
Tem sete cores sua cor
sete dias para a gente amar
Salve Xangô, meu Rei Senhor
Salve meu Orixá
Tem sete cores sua cor
sete dias para a gente amar
Mas amar é sofrer
Mas amar é morrer de dor
Xangô, meu Senhor, saravá!
Me faça sofrer
Ah me faça morrer
Mas me faça morrer de amar
Xangô, meu Senhor, saravá!
Xangô agodô

sábado, 9 de maio de 2009

Frase do dia, digo, da noite. Não, da madrugada mesmo...

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"Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?"

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Vinícius de Moraes
(A hora íntima, Rio 1950)
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PS.: Gostei muito de te ver, Leãozinho...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Poética

De manhã escureço
De dia tardo
De noite anoiteço
De noite ardo.
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A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
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Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
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Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando
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..................Vinícius de Moraes
.........................-Nova York, 1950 -
............(Livro de Sonetos, Ed. Cia. das Letras, 2009)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Soneto da Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
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Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
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E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
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Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
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Vinícius de Moraes
(Livro dos Sonetos, Ed. Cia das Letras)
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