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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ouvindo...

Efêmera
(Tulipa Ruiz)

Vou ficar mais um pouquinho
Para ver se acontece alguma coisa nessa tarde de domingo
Hoje é o tempo preu ficar devagarinho
com as coisas que eu gosto e que eu sei que são efêmeras
e que passam perecíveis
e acabam, se despedem, mas eu nunca me esqueço

Por isso eu vou ficar mais um pouquinho
Para ver se eu aprendo alguma coisa nessa parte do caminho
Martelo o tempo preu ficar mais pianinho
com as coisas que eu gosto e que nunca são efêmeras
e que estão despetaladas, acabadas
Sempre pedem um tipo de recomeço

Vou ficar mais um pouquinho, eu vou

Vou ficar mais um pouquinho
para ver se acontece alguma nessa tarde de domingo
Vou ficar mais um pouquinho
para ver se eu aprendo alguma nessa parte do caminho


terça-feira, 15 de junho de 2010

Recordações III

Sobre o teclado velho
marca o dedilhado
derrama lágrimas
que borram as notas
de um último tango
prelúdio noturno.

- Lembra quando só havia Música?

Todas as angústias do mundo
cabiam em um dicionário de bolso.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ouvindo...



You wanted a hit
(J. Murphy and A. Doyle)

You wanted a hit
But maybe we don't do hits
I try and try
It ends up feeling kind of wrong

You wanted it tough
But is it ever tough enough?
No, nothing's ever tough enough
Until we hit the road

Yeah, you wanted it lush
But honestly you must hush
No honestly you know too much
So leave us, leave us on our own

And so you wanted a hit
Well, this is how we do hits
You wanted the hit
But that's not what we do

You wanted it real
But can you tell me what's real?
There's lights and sounds and stories
Music's just a part

Yeah, you wanted the truth
And then you said you want proof
I guess you're used to liars
Saying what they want

And we won't be your babies
anymore
We won't be your babies anymore
We won't be your babies
'Til you take us home


No, we won't be your babies anymore
We won't be your babies anymore
We can't be your babies
'Til you take us home

Yeah, you wanted it smart
But honestly I'm not smart
No, honestly we're never smart
We fake it, fake it all the time

Yeah, you wanted the time
But maybe I can't do time
Oh, we both know that's an awful line
But it doesn't make it wrong

You wanted it right
No out of mind and out of sight
No dirty bus and early flight
No seven days and forty nights

Yeah, you wanted a hit
But tell me where's the point in it?
You wanted the hit
But that's not what we do

And we won't be your babies anymore
We won't be your babies anymore
We won't be your babies
'Til you take us home

No, we won't be your babies anymore
We won't be your babies anymore
We can't be your babies
'Til you take us home

And we won't be your babies anymore
We won't be your babies anymore
We won't be your babies
'Til you take us home

No, we won't be your babies anymore
We won't be your babies anymore
We can't be your babies
'Til you take us home

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Recordações de viagem II

Sobre um teclado velho
marca o dedilhado
derrama lágrimas
borram as notas
de um último tango
prelúdio noturno
Lembra quando havia só a Música?
Todas as angústias do mundo
cabiam num dicionário de bolso

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ouvindo...


.
O quereres
(Caetano Veloso)
.

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ouvindo...


.
Volcano
(Damien Rice)

Don't hold yourself like that
You'll hurt your knees
I kissed your mouth and back
But that's all I need
Don't build your world around volcanoes melt you down

What I am to you is not real
What I am to you you do not need
What I am to you is not what you mean to me
You give me miles and miles of mountains
And I'll ask for the sea

Don't throw yourself like that
In front of me
I kissed your mouth your back
Is that all you need?
Don't drag my love around volcanoes melt me down

What I am to you is not real
What I am to you you do not need
What I am to you is not what you mean to me
You give me miles and miles of mountains
And I'll ask for what I give to you
Is just what i'm going through
This is nothing new
No no just another phase of finding what I really need
Is what makes me bleed
And like a new disease she's still too young to treat
Volcanoes melt me down
She's still too young
I kissed your mouth
You do not need me

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ouvindo...

Frase do dia, digo, da noite

.
"Meu coração é uma máquina de escrever.
É só você bater para entrar na minha história."
.
(de Máquina de Escrever, com Pedro Luís e a Parede,
composição de Mathilda Kovak e Luís Capucho)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ouvindo...



Não é fácil
(Marisa Monte, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes)

Não é fácil
Não pensar em você
Não te contar meus planos,
Não te encontrar
.
Todo dia de manhã
Eu tomo meu café amargo
É, ainda boto fé de um dia
te ver ao meu lado
Na verdade, eu preciso aprender
Não é fácil, não é facil
.
Onde você anda, onde está você?
Toda vez que eu saio
eu me preparo prá talvez te ver
Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil
.
Todo dia de manhã
Eu tomo meu café amargo
É, ainda boto fé de um dia
te ver ao meu lado
O que eu faço?
O que eu posso fazer?
Não é fácil, não é fácil
.
Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz do que qualquer mortal
Na verdade, não consigo esquecer
Não é fácil, é estranho

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ouvindo...


.
Tempos Modernos
(Lulu Santos)
.
Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear...
.
Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...
.
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
.
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...
.
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
.
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
.
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não...
.
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há prá viver
Vamos nos permitir...
.
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...

domingo, 23 de agosto de 2009

Obituário


.

Sexta-feira, 21 de agosto, morreu Fulano Sicrano(http://www.naofechemoumquetenha.blogspot.com/). Fulano vinha contribuindo intensamente para a divulgação da música popular brasileira, a nova e a antiga. Através de Fulano, conheci muita gente boa e aumentei meu repertório. Como ele é brasileiro e não desiste nunca, ele diz que volta (http://twitter.com/fulanosicrano). Assim espero. Vida eterna ao Fulano.


terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ouvindo...



Canto de Xangô
(Vinícius de Moraes & Baden Powell)
.
Eu vim de bem longe, eu vim, nem sei mais de onde é que eu vim
Sou filho de rei muito lutei pra ser o que eu sou
Eu sou negro de cor mas tudo é só amor em mim
Tudo é só amor, para mim
Xangô Agodô
Hoje é tempo de amor
Hoje é tempo de dor, em mim
Xangô Agodô
Salve , Xangô, meu Rei Senhor
Salve meu Orixá
Tem sete cores sua cor
sete dias para a gente amar
Salve Xangô, meu Rei Senhor
Salve meu Orixá
Tem sete cores sua cor
sete dias para a gente amar
Mas amar é sofrer
Mas amar é morrer de dor
Xangô, meu Senhor, saravá!
Me faça sofrer
Ah me faça morrer
Mas me faça morrer de amar
Xangô, meu Senhor, saravá!
Xangô agodô

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ouvindo...



Seu Pensamento
(Adriana Calcanhotto)

A uma hora dessas
por onde estará seu pensamento
Terá os pés na pedra
ou vento no cabelo?

A uma hora dessas
por onde andará seu pensamento
Dará voltas na Terra
ou no estacionamento?

Onde longe Londres Lisboa
ou na minha cama?

A uma hora dessas
por onde vagará seu pensamento
Terá os pés na areia
em pleno apartamento?

A uma hora dessas
por onde passará seu pensamento
Por dentro da minha saia
ou pelo firmamento?

Onde longe Leme Luanda
ou na minha cama?

sábado, 18 de julho de 2009


.
Esquadros
(Adriana Calcanhotto)
.
Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!
.
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Prá sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus...
.
Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome...
.
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...
.
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?
.
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
.
Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...
.
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ouvindo...


.
Três
(Antonio Cícero & Marina Lima)
.
Um
Foi grande o meu amor
Não sei o que me deu
Quem inventou fui eu
Fiz de você o Sol
Da noite primordial
E o mundo fora nós
Se resumia a tédio e pó
Quando em você tudo se complicou
.
Dois
Se você quer amar
Não basta um só amor
Não sei como explicar
Um só sempre é demais
Pra seres como nós
Sujeitos a jogar
As fichas todas de uma vez
Sem temer, naufragar
Não há lugar pra lamúrias
Essas não caem bem
Não há lugar pra calunias
Mas por que não
Nos reinventar
.
Três
Eu quero tudo que há
O mundo e seu amor
Não quero ter que optar
Quero poder partir
Quero poder ficar
Poder fantasiar
Sem nexo e em qualquer lugar
Com seu sexo junto ao mar

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ouvindo...


..
Florindo
(Mariana Aydar)
.
Por que você chora tanto
E sofre sem ter motivo?
Vai, deixa todo esse rancor pra trás
Que a vida vem sorrindo pra nós dois
.
Que bom ver você florindo
Desperta, cheia de luz e de verdade
Deixa fugir do seu peito
Essas marcas de um passado que só vão te magoar
.
Por que você chora tanto
E sofre sem ter motivo?
Vai, deixa todo esse rancor pra trás
Que a vida vem sorrindo pra nós dois
.
Que bom ver você sorrindo
Desperta, cheia de luz e de verdade
Deixa fugir do seu peito
Essas marcas de um passado que só vão te magoar
.
Paixão,
.
Quem quer viver bem no presente encontra o seu lugar
Seu lugar nos braços do sossego
Enquanto uns dizem que o tempo não pára
Outros dizem que o tempo
Não passa de ilusão, ilusão
.
Deixa estar, que a vida é mais sábia
Cada coisa tem seu tempo
E esses pensamentos
Não passam de nuvem rasa
E todo esse sofrimento
Não pertence à sua casa
.
Cesso esse tormento,
Enxugo todo seu pranto
Com a força e com o sentimento
Que carrego no meu canto

domingo, 7 de junho de 2009

Ouvindo...

clique aí e ouça também...
http://www.youtube.com/watch?v=NkpTV-xpiQM
.
Dura na Queda
(Chico Buarque)
.
Perdida
Na avenida
Canta seu enredo
Fora do carnaval
Perdeu a saia
Perdeu o emprego
Desfila natural
.
Esquinas
Mil buzinas
Imagina orquestras
Samba no chafariz
Viva a folia
A dor não presta
Felicidade, sim
.
O sol ensolará e estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela
O sol, estrada amarela
E as ondas, as ondas, as ondas, as ondas
.
Bambeia
Cambaleia
É dura na queda
Custa a cair em si
Largou a família
Bebeu veneno
E vai morrer de rir
.
Vagueia
Devaneia
Já apanhou à beça
Mas para quem sabe olhar
A flor também é
Ferida aberta
E não se vê chorar
.
O sol ensolará e estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela
O sol, estrada amarela
E as ondas, as ondas, as ondas, as ondas

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ouvindo...

clica aí no link prá vc ouvir também... http://oglobo.globo.com/cultura/audio/2009/12217/default.asp



Mangue e Fogo
(Rodrigo Campos)
.
A vida de Marina era no mangue
No mangue atrás da escola militar
Cresceu nos arredores do colégio
Catando caranguejo
Vendendo no farol
Chupando oficial por dez real
.
A vida de Fabrício era no fogo
No fogo, prá fazer de pau carvão
Menino lenhador de cara preta
Cortando pau de sebo
Jogando no brasol
Rompendo dia e noite sol a sol

E Marina e Fabrício e a vida
Era a vida de Fabrício e Marina

domingo, 24 de maio de 2009

Ouvindo...


.
Peixes
(Mariana Aydar)
.
Peixes são iguais a pássaros
Só que cantam sem ruído
Som que não vai ser ouvido
.
Voam águias pelas águas
Nadadeiras como asas
Que deslizam entre nuvens
.
Peixes, pássaros, pessoas
Nos aquários, nas gaiolas,
Pelas salas e sacadas
Afogados no destino
De morrer como decoração das casas
.
Nós vivemos como peixes
Com a voz que nós calamos
Com essa paz que não achamos
.
Nós morremos como peixes
Com amor que não vivemos
Satisfeitos? mais ou menos
.
Todas as iscas que mordemos
Os anzóis atravessados
Nossos gritos abafados

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ouvindo...



Esse seu olhar
(Tom Jobim)
.
Esse seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu nem posso acreditar
.
Doce é sonhar
É pensar que você
Gosta de mim
Como eu de você
.
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou
Sonhou demais
.
Ah! se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos