Mostrando postagens com marcador gatos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gatos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

The Little Cat


There once was a little cat. This was a wise little cat, who had been left to fend for itself many times. Home to home, place to place, he led a transitory life, having lost his home at an early age, he longed for a place where he could feel secure but had experienced enough to know when the place he was staying was unsafe. The cat moved to a strange new part of the city - there were fast cars, loud people, and small gates around every garden. It wasn't like the places he used to live. The people here were rude, rarely stopping to pet or feed the little cat. The cat grew thin and lonely. One day, the cat saw a man who was new in town. Filled with the desperation that loneliness in an unknown place can bring, The cat ran up and grazed the back of the handsome stranger's legs. The man stopped, only intending to play with the cat for a little while but when their eyes met, something marvelous happened. The handsome stranger brought the cat home with him. He fed the little cat. They ate together, and when they were done, the man would tenderly hold the little cat close to him, as if trying to pull in the warmth from the cat's fur. The cat stayed a few days, finding solace in being held so close. Days became weeks. The small, abandoned cat felt he had finally found a home. Warmth, food, affection, a place to curl up at night. "Gatinho, I love you." The handsome stranger would say, and held the little cat through the night. Soon the stranger spent all of his free time with the little cat. The cat knew this was a busy man, with lots of important things to do, so the cat happily savored what little time the stranger would give to him. And though the little cat felt safer here than he had ever felt in his life, he still wondered if he would lose this home he had once dreamt of, this man that he loved. Time flew by, and though their life together became more routine, the cat and the handsome stranger had many wonderful times together. The stranger was from a very warm place, and had never seen snow. The first day it snowed in the city, the man ran smiling through the streets, gazing towards the sky with childlike wonder. The cat purred. "Am I your one and only?" The cat would ask the man at night. "Of course, Gatinho," the man would reply. "It's silly to even ask." "Will I be with you always?" The cat waited for an answer, but never found one that vanquished his fears. Nonetheless, the little cat was certain that this was the home he had longed for his whole life. Every so often the man grew tired of the frightened little cat's questions, and would leave the cat to sleep alone. This was very infrequent, however, and the cat was sure that everything was alright. One look in the man's eyes. Is all it took for the cat to feel at peace. And though the cat wondered at times If he could smell other cats that had seen the man, cafuné erased all these thoughts. But one day the cat was quite sure-the scent was overpowering. The man denied it up and down, saying anything and everything he could to make the cat feel better. These lies hurt the cat the most. It was so obvious what had happened. The cat looked back at the man, at the eyes that had once fixed upon his in an adoring gaze The little cat saw only eyes filled with loss and fear of loneliness; the love had gone out of them. The cat was torn between sadness and rage, and tried to eliminate any reminder of the stranger. He shook his head, yearning to rid his mind of the hopes that were dashed. But a strong mind is more often a curse than a blessing, and every happy memory was like a blade, which carved up the little cat's dream. And though the man pleaded. The little cat knew he would never feel safe. The cat left. He hoped that someday he would find a home very much like this. But he could no longer trust this stranger that he loved. And though he would miss the man terribly, the pain was too much to bear. The cat resolved to learn to feel safe on his own before. He would ever trust another man to take care of him. The cat knew he would have a safe, happy home one day, But until he finds someone to love him solely and fully, Le petit chat pleure sans cesse.

_________________________________

This time you're wrong, Little Cat.
The strange man loves you more than you can imagine.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Manual de Funcionamento do Gato - FAQ

(para o Gato de Alice)

1. O gato está miando. O que isso significa?
De manhã quase sempre é comida. À noite é prá bater papo ou você esqueceu de limpar a caixinha (é só tirar o cocô e trocar areia quinzenalmente - Gatto's Bianco)

2. Não encontro o gato. Onde ele está?
Verifique nessa ordem: debaixo da cama, atrás da cortina, dentro do box do banheiro, dentro dos armários, dentro da gaveta mais baixa na cozinha. Só então se desespere.

3. Acabou a ração. Posso dar leite ou outro alimento?
NÃO. Nunca. Tudo que o gato come sai por algum lugar. Pense nisso antes de alimentá-lo.

4. Ainda tem ração no pote mas o gato não come. Por que?
Você encheu demais o pote da última vez. O cheiro acabou. Misture ração nova e não encha tanto da próxima vez. Royal Canin Persian 32 custa caro, não desperdice.

5. O gato soltou um negócio estranho e amarelo pela boca. O que eu faço?
O negócio estranho chama-se bola de pelos. Escove o gato três vezes por semana. Dê pasta de malte diariamente. Se não resolver: tosa.

6. Encontrei excrementos fora da caixinha. O que isso significa?
Que existe mais alguém além do gato na casa. O gato jamais deixa de usar a caixinha.

7. São 3:45 e o gato está miando. O que eu faço?
Jogue uma almofada nele e ele entenderá o recado. Lembre-se que é normal que o gato fique agitado à noite.

8. O gato está chorando. Por que?
É remela. Tire com papel ou cotonete (operação diária...).

9. Quando eu pego o gato no colo ele me arranha. O que fazer?
Corte as unhas (só as pontinhas).

10. O gato faz barulhos estranhos. O que isso significa?
Existem vários tipos de barulhos. Você aprenderá logo a reconhecê-los. Os mais importantes são:
limpeza das patas pós-cocô; uivo pré bola de pelos; uso do arranhador.

11. Posso levar o gato para passear?
Tente uma vez e depois me responda.

12. Com que freqüência devo dar banho no gato?
Nenhuma. Quando for preciso você vai saber.

13. Vou sair. E o gato?Negrito
O gato funciona sozinho. É só deixar comida e água em boa quantidade e deixar a janela entreaberta.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O gato vai ao veterinário...

.
- Oh, que lindo? Qual o nome dele?
- Borges.
- Oi, Bóris!
- Não, Borges mesmo.
- Ah, tá... Nome estranho, coitado!
- ...
.
- Oh, que coisa fofa! Qual o nome dele?
- Borges.
- Ah, tá... É por causa do azeite, né?
- Ahn?
- É. Azeite Borges.
- ...
.
- Nossa, que gato!
- Como?
- Seu gato. É um gato.
- Ah, sim.
- Tem nome?
- Borges.
- É? E ele mia em verso?
- Só quando tá no cio.

terça-feira, 2 de junho de 2009

a prática do autocontrole: nível avançado

.
- Tá muito tenso e ansioso.
- Faz uma massagem?
- Faço.
- Só uma massagem?
- Hum... leva o rivotril também.
.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lição de um Gato Argentino

.
...........................................ouço sempre
...........................................a voz
...........................................que diz:
...........................................- é feliz?
.
.rio
......rio
............rio
.
.....felicidade
..........dura o
...(di)minuto
......presente
.
..ou o tempo
.......corrente
de um tango
.....argentino
.

domingo, 4 de janeiro de 2009

A un gato


No son más silenciosos los espejos
ni más furtiva el alba aventurera;
eres, bajo la luna, esa pantera
que nos es dado divisar de lejos.
Por obra indescifrable de un decreto
divino, te buscamos vanamente;
más remoto que el Ganges y el poniente,
tuya es la soledad, tuyo el secreto.
Tu lomo condesciende a la morosa
caricia de mi mano. Has admitido,
desde esa eternidad que ya es olvido,
el amor de la mano recelosa.
En otro tiempo estás. Eres el dueño
de un ámbito cerrado como un sueño

Jorge Luis Borges

domingo, 21 de dezembro de 2008

Lição de um Gato Siamês


Só agora sei
que existe a eternidade:
é a duração
......finita
......da minha precariedade

O tempo fora
de mim
.............é relativo
mas não o tempo vivo:
esse é eterno
porque afetivo
- dura eternamente
...enquanto vivo

E como não vivo
além do que vivo
não é
tempo relativo:
dura em si mesmo
eterno (e transitivo)

Ferreira Gullar
(Muitas Vozes, José Olympio Editora, 1999)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Miado


O gato mia de manhã
cedo demais
mia porque tem fome
ou porque acha que morri?
.
O gato mia ao meio-dia
ninguém para ouvir
mia porque está só
ou porque acha que não voltarei?
.
O gato mia à noite
tarde demais
mia porque quer a gata
ou para lembrar-se que ainda é gato?
.
Miado de gato é como biscoito chinês
da sorte - cada um traz uma mensagem
.
Nem sempre dá para entender
o que está escrito

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Soneto do Gato Morto

Um gato vivo é qualquer coisa linda
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade

De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de eletricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.

Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e ao morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto

Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto.

Vinícius de Morais
(Nova Antologia Poética, Cia das Letras, 2008)
.
PS.: O Blorges voltou e está atualizado...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ciranda

o gato parou
de frente
olhou
fez que não viu
fingiu que caiu
olhou olhou
não parou de olhar
pare, gato
pare
não olhe
olho de gato
brilha no escuro
quer testar?
olhar de gato
brilha no escuro
brilha brilha
não pára de brilhar
pára pára
pára de brilhar
olho de gato brilha
se o gato sorri
sorria sorria
pare pare
pare de sorrir
olho brilho sorriso
brilho sorriso olho
sorriso olho brilho
dar a meia volta
volta e meia
vamos dar
brilho olho sorriso
olho sorriso brilho
sorriso brilho olho
ciranda de roda
vamos todos
cirandar

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A arte de sumir e aparecer

Quinta-feira. Acabou o café. Sempre a mesma história. Saio para comprar café. Dessa vez mantenho os planos - é mais seguro. Volto para casa pelo caminho mais curto. Quero evitar surpresas. Não adiantou. Na esquina de casa, antes que eu possa reagir, ele aparece. O Gato de Alice sorri para mim. Conheço essa sensação. "Não sei o que fazer, não sei o que pensar" (lembra-se?) Não sorria assim, Gato de Alice! Eu posso não me recuperar quando, a seguir, você sumir. Resolução de ano-novo: parar de tomar café (ahahahaha...)

sábado, 22 de novembro de 2008

Definições III

.
Gato é quando um ser vivo se destaca na multidão de seres vivos e não havendo outro termo melhor para usar, você diz: é um gato. Habitualmente, andam sobre as quatro patas, embora alguns - os mais perigosos - andem sobre duas patas apenas. Existem em diversas configurações, angorá, persa, siamês, de Alice, egípcio, etc. Alguns mais imaginários que os outros. Todos muito arredios. Três lições sobre gatos: não é você que se aproxima do gato, é o gato que aproxima-se de você; o miado de chamado de hoje pode ser o miado de repulsa de amanhã; todos roubam alguma coisa sua - pode ser um pé-de-meia, pode ser seu coração.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Poeminha Singelo ou "Valsa Suburbana"


Poeminha Singelo ou Valsa Suburbana*
(para o Gato de Alice)

Dois prá lá, dois prá cá,
vinha eu a caminhar
Pelas ruas de Copacabana

Quando sinto alguém
a me observar
Era o Gato de Alice, à paisana

Olhares fizeram o tempo parar,
a terra tremer
e o fogo acender uma chama - mundana

Convidei-o a comigo dançar
bailar, cantar, amar
pelas ruas sujas de Copacabana

Mas com tristeza no olhar respondeu:
é só que prefiro dançar,
a minha valsa é suburbana

*Valsa suburbana é título de famosa obra de O. Lorenzo-Fernandez para piano solo