segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Férias
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
The Little Cat
domingo, 20 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
Nevasca
sábado, 21 de novembro de 2009
musiké
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
3.
........................mas eu não tenho esplendor.
(Desejar ser, in Livro sobre Nada, Ed. Record
terça-feira, 17 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Há milênios...
não aparece um poema por aqui... hoje lembrei do meu soneto preferido.
Sonnet XVIII
(W. Shakespeare)
Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimmed,
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature's changing course untrimmed:
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou ow'st,
Nor shall death brag thou wander'st in his shade,
When in eternal lines to time thou grow'st,
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.
domingo, 1 de novembro de 2009
Washington DC, 31 de outubro, 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Ouvindo... (para os desiludidos com a espécie)
If you ever get close to a human
And human behaviour
Be ready to get confused
There's definitely no logic
To human behaviour
But yet so irresistible
There is no map
To human behaviour
They're terribly moody
Then all of a sudden turn happy
But, oh, to get involved in the exchange
Of human emotions is ever so satisfying
There's no map and
A compass
Wouldn't help at all
Human behaviour
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Meninos, meninas e indecisos: eu vi (e fui)...
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Ouvindo...
Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Quinta-feira
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Definições XVIII
Ouvindo...
Don't hold yourself like that
You'll hurt your knees
I kissed your mouth and back
But that's all I need
Don't build your world around volcanoes melt you down
What I am to you is not real
What I am to you you do not need
What I am to you is not what you mean to me
You give me miles and miles of mountains
And I'll ask for the sea
Don't throw yourself like that
In front of me
I kissed your mouth your back
Is that all you need?
Don't drag my love around volcanoes melt me down
What I am to you is not real
What I am to you you do not need
What I am to you is not what you mean to me
You give me miles and miles of mountains
And I'll ask for what I give to you
Is just what i'm going through
This is nothing new
No no just another phase of finding what I really need
Is what makes me bleed
And like a new disease she's still too young to treat
Volcanoes melt me down
She's still too young
I kissed your mouth
You do not need me
sábado, 26 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
A bruxa
De dois milhões de habitantes
Estou sozinho no quarto
Estou sozinho na América.
Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
Anunciou vida a meu lado.
Certo não é vida humana,
Mas é vida. E sinto a Bruxa
Presa na zona de luz.
De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
Desses calados, distantes,
Que lêem verso de Horácio
Mas secretamente influem
Na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
E a essa hora tardia
Como procurar amigo?
E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
Que entrasse nesse minuto,
Recebesse esse carinho
Salvasse do aniquilamento
Um minuto e um carinho loucos
Que tenho para oferecer.
Em dois milhões de habitantes
Quantas mulheres prováveis
Interrogam-se no espelho
Medindo o tempo perdido
Até que venha a manhã
Trazer leite, jornal, calma.
Porém a essa hora vazia
Como descobrir mulher?
Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
Conheço vozes de bichos,
Sei os beijos mais violentos,
Viajei, briguei, aprendi
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras
Mas se tento comunicar-me,
O que há é apenas a noite
E uma espantosa solidão
Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
Querendo romper a noite
Não é simplesmente a Bruxa.
É antes a confidência
Exalando-se de um homem.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
idéias mortas
atravessam sem olhar
para os lados
preferem a brutalidade
do atropelamento
a fazer parte
do meu arsenal
de bobagens
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Frase do dia, digo, da noite
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Soneto do Suicida Bêbado
Preciso achar um jeito dessa vida acabar
Pode ser com canivete, corda, faca, ou veneno
Pode ser pela janela do décimo-quinto andar
.
Não preciso de ajuda, só preciso de um momento
Quem sabe esperar um vento que me ajude a saltar
Sem vento resta o veneno, quem sabe chumbinho tento
ou mais morfina do que aguento, para parar de respirar
.
Pode parecer delírio, mas isso aqui não é o lírio
Não preciso de colírio, o que eu quero é veneno
Para preparar o terreno e então morrer sereno,
com um último aceno, sem ninguém me incomodar
.
E no enterro tragam flores, girassóis, alguns amores
Não chorem, não sintam dores, eu morri de tanto amar.
Ouvindo...
Não é fácil
(Marisa Monte, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes)
Não é fácil
Não pensar em você
Não te contar meus planos,
Não te encontrar
.
Todo dia de manhã
Eu tomo meu café amargo
É, ainda boto fé de um dia
te ver ao meu lado
Na verdade, eu preciso aprender
Não é fácil, não é facil
.
Onde você anda, onde está você?
Toda vez que eu saio
eu me preparo prá talvez te ver
Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil
.
Todo dia de manhã
Eu tomo meu café amargo
É, ainda boto fé de um dia
te ver ao meu lado
O que eu faço?
O que eu posso fazer?
Não é fácil, não é fácil
.
Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz do que qualquer mortal
Na verdade, não consigo esquecer
Não é fácil, é estranho
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O Frenesi de Agosto
domingo, 30 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Há 110 anos atrás...
(A Rosa Profunda, in Borges - Poesia. Ed. Cia das Letras. Tradução Josely Vianna Baptista.
Ouvindo...
.
Tempos Modernos
(Lulu Santos)
.
Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear...
.
Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...
.
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
.
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...
.
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
.
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
.
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não...
.
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há prá viver
Vamos nos permitir...
.
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
domingo, 23 de agosto de 2009
Obituário
sábado, 22 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Asas
mora um ser alado
que toda hora
tenta sair
antes eu dizia:
sai, meu filho
voa!
agora?
não deixo.não deixo.
não deixo.
quer voar?
me leva junto.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Ouvindo...
Canto de Xangô
(Vinícius de Moraes & Baden Powell)
.
Eu vim de bem longe, eu vim, nem sei mais de onde é que eu vim
Sou filho de rei muito lutei pra ser o que eu sou
Eu sou negro de cor mas tudo é só amor em mim
Tudo é só amor, para mim
Xangô Agodô
Hoje é tempo de amor
Hoje é tempo de dor, em mim
Xangô Agodô
Salve , Xangô, meu Rei Senhor
Salve meu Orixá
Tem sete cores sua cor
sete dias para a gente amar
Salve Xangô, meu Rei Senhor
Salve meu Orixá
Tem sete cores sua cor
sete dias para a gente amar
Mas amar é sofrer
Mas amar é morrer de dor
Xangô, meu Senhor, saravá!
Me faça sofrer
Ah me faça morrer
Mas me faça morrer de amar
Xangô, meu Senhor, saravá!
Xangô agodô
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Definições XVII
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Frase do dia, digo, da noite
Returning, resuming, I thread my way through the hospitals,
The hurt and wounded I pacify with soothing hand,
I sit by the restless all the dark night, some are so young,
Some suffer so much, I recall the experience sweet and sad"
Leaves of Grass (Song of myself)
.......from me
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
O Frenesi de Julho
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Querido diário
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Maresia
novo endereço
californian street
northwest
wash, d.c.
tudo o que eu levo:
três malas pretas
uma bolsa vermelha
com alguns poetas
e algumas meias;
duas cadeiras
(velhas);
oito pratos, oito copos, oito xícaras;
fotografias
dormirei no chão
lendo poesia
e ouvindo maresia
antes de dormir
uma taça – não tenho taças –
um copo
de um prosecco
um cigarro
- não pode, em país civilizado só se fuma na pracinha -
okay, smoking-free
e dormirei no chão
lendo poesia
e ouvindo maresia
ouvindo a maresia
guardada no fundo
da mala
feito anestesia
dormirei
ouvindo a maresia
terça-feira, 28 de julho de 2009
Como nasce um poema?
HOW TO LOSE THINGS? / THE GIFT OF LOSING THINGS
One might begin by losing one's reading glasses
oh 2 or 3 times a day - or one's favorite pen.
THE ART OF LOSING THINGS
The thing to do is to begin "mislaying".
Mostly, one begin by "mislaying":
keys, reading-glasses, fountain pens
- these are almost too easy to be mentioned,
and "mislaying" means that they usually turn up
in the most obvious place, although when one
is making progress, the places grow more unlikely
- This is by way of introduction. I really
want to introduce myself. I am such a
fantastic lly good at losing things
I think everyone shd. profit my experiences.
You may find it hard to believe, but I have actually lost
I mean lost, and forever, two whole houses,
one a very big one. A thir house, also big, is
at present, I think "mislaid" - but
maybe it's lost too. I won't know for sure for some time.
I have lost one peninsula and one island.
I have lost - it can never be has never been found -
a small-sized town on that same island.
I've lost smaller bits of geography, like
a splendid beach, and a good-sized bay.
Two whole cities, two of the
world's biggest cities (two of the most beautiful
although that's beside the point)
A piece of a continent
and one entire continent. All gone, gone forever and ever.
One might think this would have prepared for me
for losing one average-sized not exceptionally
beautiful or dazzling intelligent person
(excepto for blues eyes)
But it doesn't seem to have, at all...
a good piece of one continent
and another continent - the whole damned thing!
He who lose his life, etc. - but he who
loses his love - never, no never never never again.
domingo, 26 de julho de 2009
Muito, muito suspeito...
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Definições XVI
Ouvindo...
Seu Pensamento
(Adriana Calcanhotto)
A uma hora dessas
por onde estará seu pensamento
Terá os pés na pedra
ou vento no cabelo?
A uma hora dessas
por onde andará seu pensamento
Dará voltas na Terra
ou no estacionamento?
Onde longe Londres Lisboa
ou na minha cama?
A uma hora dessas
por onde vagará seu pensamento
Terá os pés na areia
em pleno apartamento?
A uma hora dessas
por onde passará seu pensamento
Por dentro da minha saia
ou pelo firmamento?
Onde longe Leme Luanda
ou na minha cama?
terça-feira, 21 de julho de 2009
Manual de Funcionamento do Gato - FAQ
1. O gato está miando. O que isso significa?
De manhã quase sempre é comida. À noite é prá bater papo ou você esqueceu de limpar a caixinha (é só tirar o cocô e trocar areia quinzenalmente - Gatto's Bianco)
2. Não encontro o gato. Onde ele está?
Verifique nessa ordem: debaixo da cama, atrás da cortina, dentro do box do banheiro, dentro dos armários, dentro da gaveta mais baixa na cozinha. Só então se desespere.
3. Acabou a ração. Posso dar leite ou outro alimento?
NÃO. Nunca. Tudo que o gato come sai por algum lugar. Pense nisso antes de alimentá-lo.
4. Ainda tem ração no pote mas o gato não come. Por que?
Você encheu demais o pote da última vez. O cheiro acabou. Misture ração nova e não encha tanto da próxima vez. Royal Canin Persian 32 custa caro, não desperdice.
5. O gato soltou um negócio estranho e amarelo pela boca. O que eu faço?
O negócio estranho chama-se bola de pelos. Escove o gato três vezes por semana. Dê pasta de malte diariamente. Se não resolver: tosa.
6. Encontrei excrementos fora da caixinha. O que isso significa?
Que existe mais alguém além do gato na casa. O gato jamais deixa de usar a caixinha.
7. São 3:45 e o gato está miando. O que eu faço?
Jogue uma almofada nele e ele entenderá o recado. Lembre-se que é normal que o gato fique agitado à noite.
8. O gato está chorando. Por que?
É remela. Tire com papel ou cotonete (operação diária...).
9. Quando eu pego o gato no colo ele me arranha. O que fazer?
Corte as unhas (só as pontinhas).
10. O gato faz barulhos estranhos. O que isso significa?
Existem vários tipos de barulhos. Você aprenderá logo a reconhecê-los. Os mais importantes são:
limpeza das patas pós-cocô; uivo pré bola de pelos; uso do arranhador.
11. Posso levar o gato para passear?
Tente uma vez e depois me responda.
12. Com que freqüência devo dar banho no gato?
Nenhuma. Quando for preciso você vai saber.
13. Vou sair. E o gato?
O gato funciona sozinho. É só deixar comida e água em boa quantidade e deixar a janela entreaberta.
domingo, 19 de julho de 2009
Sobre Uma Arte
querido
que me lembra:
"- A arte de perder não é nenhum mistério."*
Triste dizer
que perder só é fácil
em poema
Em prosa,
perder é sim
algo muito sério
Por isso o sorvete
de morfina existe
para que perder
seja menos triste e
sem dor eu aprenda
a perder em poema
Para que eu aprenda
a perder sem fazer
da perda prosa
Sem fazer da perda
prosa eu consiga
entender a sério
Por que a arte de
perder não é
nenhum mistério
(* verso de "Uma Arte" de Elizabeth Bishop, tradução de Paulo Henriques Britto)
sábado, 18 de julho de 2009
.
Esquadros
(Adriana Calcanhotto)
.
Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!
.
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Prá sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus...
.
Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome...
.
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...
.
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?
.
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
.
Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...
.
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle