quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Querido diário


hoje acordei às 4:45 para ir ao NIH tentar conseguir um appointment para o meu badge (crachá). Se nos USA eu não sou ninguém sem social security number, no NIH eu não sou ninguém sem badge. E só atendem 14 pessoas por dia... Isso é a América. Nao é muito diferente do Brasil. A lot bureaucracy. Neuroses. Psicoses. Salvaguardar a segurança nacional. Um mundo de paradoxos. O metrô também tem congestionamento de trens, escadas rolantes que não funcionam, pessoas irritadas e rush hour. Mas o mais irritante do metrô de DC é a tarifa. Ela muda, dependendo do horário e de para onde voce vai. Crazy. Bem, pelo menos consegui o appointment para o badge. Agora são 8:40 e tenho que voltar às 2 PM para tirar impressões digitais. Aí vão investigar a minha vida. E se eu for uma pessoa legal, confiável, menino de família, que não sai com qualquer um, nem fica na esbórnia, pode ser que, daqui a uma semana, eu tenha um badge. Depois fui tomar café na cafeteria do building 10. Não me perco mais no Bldg 10, mas também não me aventuro mais por trilhas desconhecidas. Já sei como chegar na minha sala, no office do meu chefe, na secretária, no banheiro e na cafeteria. Por ora, é o suficiente. O café estava disgusting. Mas enfim... $7 perdidos e umas 500 calorias a mais. Ando meio deprimido, mas dizem por aí que é normal. Nessas horas eu me lembro do elevador profeticamente repetindo "going down, going down, going down". Pelo menos, o elevador do meu novo prédio é mudo. Não fica torcendo pela infelicidade das pessoas. Ah, uma coisa boa: aprendi a mudar as configurações do teclado. Logo, já pude voltar a escrever no meu Português ruim. E só. Tô com sono. Morfina. Marlene chegou e disse oi. Eu respondi "olá." Sem beijinho nem abraço. Como é emocionante esta vida na América.

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