quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

três alucinações numa quarta-feira

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Desmaiei. Acordei assustada num depósito do supermercado. E aí senti. O código de barras. Passava pela minha pele como se fosse uma vassoura de piaçava, sabe? O código de barras. Arranha a pele. Eu o sinto entrando em mim. É uma coisa que vem e... é ruim. Eu sinto o código de barras.

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Ele mandou e eu fiz. Eu estava abafado. Conserto janelas. Conserto coisas. Não sei consertar ar condicionado. Mas conserto janela. Ele falou e eu fiz. Abri uma janela prá mim. Eu vi o lago e ele falou que eu era bom. Que era para consertar as janelas. Deus disse que eu era bom, que era bom consertar as janelas. Eu ouvi. Ele falava para mim.
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Você não acredita, mas eu falo mesmo. Falo com que eu quiser. A pessoa escuta e responde. Pode estar longe, não importa. Eu falo e ela responde. Sempre. Você não ouve? Fica quieto, pare de falar, que você vai ouvir.

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