Dia das Bruxas. Melhor dia impossível para um sorvete de morfina.
A partir de amanhã:
Fim das peregrinações na madrugada.
Fim dos caminhos mais longos na volta prá casa.
Fim de desvios da rota em busca do (re)encontro.
Fim.
Só não findam os expressos duplos com bolo de banana.
As paradas na livraria ou no sebo da barata.
Nem caminhada na praia.
Nem.
Agora, retomo o que por direito é meu.
Meu espaço. Meu café. Minha praia.
Minha música.
Meu gato.
Não tem mais cinzas sobre o piano.
Não tem mais edredom sujo de porra.
Não tem mais mensagens desesperadas.
Não tem mais flores. Nem envelopes amarelos.
O que sobrou?
Lembranças,
Sorrisos, lágrimas,
Esperanças e marcas.
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